Manuscrito de um Licantropo
I
Já ouviste falar em algo torvo? Algo confuso e torturante, que estica os nervos de sua ansiedade? Desejas ver o corpo feminino mais belo que possa existir, e uma neblina torna a sua visão torva? Thus...Torvos pensamentos me dominam sobre este lar de sombras. O que não haveria de ser torvo quando se tem diante de si somente uma massa acinzentada moribunda e nojenta, uma massa que passa pela sua garganta e transforma seus órgãos e respiração em cimento? É fácil perder a conta de quantos dias, semanas, meses ou anos se passam, quando se vive em um lugar como esse!
De fato...Não sei há quanto tempo estou neste terraço imundo, nojento, acinzentado e torvo. Saio apenas uma vez por dia por necessidades de água e carne. A qualquer ser humano, seja por algum motivo divino ou por um monstruoso acaso, que esteja lendo este manuscrito, creio que seja improvável que não faça o seguinte questionamento: “Por que Diabos um ser humano viveria em um lugar desses? Um lugar com gosto de cimento e cheiro de cal? E ainda por cima escrevendo um manuscrito absurdo?” É esse questionamento que responderei nas próximas linhas deste manuscrito absurdo.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSua escrita rebuscada já me parece uma característica.
ResponderExcluirLicantropos costumam ser um bom tema.
Vou adquirir seu livro.
Abraços.