terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Ruínas de Goethe


 Ruínas de Goethe
 


Sou apenas ruínas em pranto,
Restos sombrios pelo temível vírus dizimado,
Que lentamente expira, sob seu manto amaldiçoado,
Dedilhando melopéias mortas de um Werther ainda em pranto.

“A tudo tenho asco, meu caro! Um mundo doente, de esperanças já a tempo mortas, que sustenta seu espetáculo viral de eterna tortura!”

Sou apenas ruínas em pranto,
Onde somente asco posso sentir,
E que cadáveres sobre meu manto não deixam mentir...
Pelas ruínas rastejo em agonia, delirando neste maldito antro!

“A tudo tenho asco!
Deste mundo inveterado, que somente a razão é capaz de suprir,
Deste ócio venal que somente minhas lágrimas envenenadas podem exprimir,
E meu coração doentio sentir!”

“A tudo tenho asco, caro Werther! Um mundo doente, de esperanças já a tempo mortas, que sustenta seu espetáculo viral de eterna tortura! Sou apenas ruínas, envenenado pelo vírus que a Goethe destruiu!”